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Psicóloga clínica que realizou por 10 anos atuação na Saúde mental da PBH e atualmente dedica aos atendimentos particulares. Participa de artigos nas Revistas Vox objetiva e Tendência Inclusiva. Realiza palestras e entrevistas na mídia impressa e televisiva.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Amizade

IRMÃOS AMIGOS > Novo artigo da 
Revista VOX

"É muito importante que os irmãos sejam estimulados, desde a primeira infância, a sentir a importância um do outro. Sentimentos como a cumplicidade podem, sim, ser desenvolvidos e ampliados ao longo da vida. A amizade é um terreno fértil e é espelhada pelas ações dos pais. É importante que existam ações de confiança, de ajustes, mesmo com os desentendimentos, pois é na vida familiar que se formam os maiores treinos para a vida social, amorosa e profissional".


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Amizade

Amigos Como Irmãos - Revista VOX



"Amigo para ficar junto sem fazer nada ou fazer coisas juntos, divertir, trocar vivências e conforto nos momentos difíceis tornou-se algo de extremo desejo em tempos de aceleração e de forte individualismo. Eles são mesmo importantes, irmãos do coração e funcionam como uma válvula de escape, porque lidar com situações difíceis sozinho é pesado demais"...
Parte do Artigo da Revista VOX- Amigos Como Irmãos. 
OBS: Na íntegra na página>> Artigos (acima).

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Você sabe o que é Distimia?



mulher-triste

Distimia é um tipo de depressão crônica, de moderada intensidade. Diferentemente da depressão que se instala de repente, a distimia não tem essa marca brusca de ruptura. O mau humor é constante. Os portadores do transtorno são pessoas de difícil relacionamento, com baixa auto-estima e elevado senso de autocrítica. Estão sempre irritados, reclamando de tudo e só enxergam o lado negativo das coisas. Na maior parte das vezes, tudo fica por conta de sua personalidade e temperamento complicado.


Sintomas:
O principal sintoma é a irritabilidade, mas existem outros:
* Mau humor;
* Baixa auto-estima;
* Desânimo e tristeza;
* Predominância de pensamentos negativos;
* Alterações do apetite e do sono;
* Falta de energia para agir;
* Isolamento social;
* Tendência ao uso de drogas lícitas, ilicítas e de tranquilizantes.
Diagnóstico:
O diagnóstico é eminentemente clínico. O dado mais importante a considerar é a manifestação dos sintomas durante pelo menos dois anos consecutivos.
Via de regra, os portadores de distimia desenvolvem concomitantemente episódios de depressão grave. Quando se recuperam, porém, retornam a um patamar de humor que está sempre abaixo do nível normal. A maior dificuldade é que raramente se dão conta do próprio problema. Acham que o mau humor, a falta de prazer e interesse pelas coisas e a tristeza que não dá trégua fazem parte de sua personalidade e do seu jeito de ver o mundo, e quase nunca procuram ajuda.
Diagnosticar o transtorno precocemente e introduzir o tratamento adequado é de extrema importância, uma vez que por volta de 15% a 20% dos pacientes tentam o suicídio.
Prevalência:
A distimia pode aparecer na infância ou numa fase mais tardia da vida. O mais comum, porém, é que surja na adolescência. Há evidências de que muitos idosos já tinham manifestado sinais do transtorno na adolescência.
Na infância, acomete igualmente meninos e meninas. Depois, é mais prevalente nas mulheres do que nos homens.
Tratamento:
A associação de medicamentos antidepressivos com psicoterapia tem apresentado bons resultados no tratamento da distimia. Isoladamente, um e outro não funcionam a contento. Embora os antidepressivos corrijam o distúrbio biológico, o paciente precisa aprender novas possibilidades de reagir e estabelecer relações inter-pessoais.
A psicoterapia sem respaldo farmacológico é contraproducente, porque cobra uma mudança de comportamento que a pessoa é incapaz de atingir por causa de sua limitação orgânica.
Recomendações:
* Se você conhece alguém sempre de mau humor, irritado, pessimista, considere a possibilidade de que seja portador distimia, um distúrbio do humor para o qual existe tratamento, e tente convencê-lo a procurar assistência médica;
* Fique atento: a distimia, assim como a depressão clássica, pode acometer crianças e adolescentes. Às vezes, esses transtornos estão camuflados atrás do baixo rendimento escolar, do comportamento anti-social e do temperamento agressivo que não conseguem controlar;
* Se, nos últimos dois anos pelo menos, seus amigos e parentes têm comentando que você anda de cara amarrada, irritado, descontente com tudo e com todos, esteja certo de que isso não é normal, procure um médico;
* Não subestime os sintomas da distimia. Para aliviar os sintomas, é comum o paciente recorrer ao uso de drogas e de tranqüilizantes. Em 15% a 20% dos casos, surge ideação suicida;
* Não se engane: não atribua ao envelhecimento, a casmurrice, o mau humor e as queixas do idoso que só reclama e não quer sair de casa. A distimia pode acometer pessoas na terceira idade;
* Mantenha a adesão ao tratamento farmacológico e à psicoterapia. Os medicamentos ajudam a corrigir o problema físico e a  psicoterapia, a aprender novas formas de relacionamento. 
Fonte: Dr. Drauzio Varella

terça-feira, 5 de março de 2013

Adolescência


Meu Filho virou Adolescente!
Os adolescentes são crianças em transição. Ao contrário do que muitos pensam, eles não são jovens adultos. Suas necessidades estruturais, inclusive as emocionais, são infantis. Ainda estão num profundo processo da construção de si mesmo.
 Portanto, um dos erros mais comuns dos pais, professores e outros, com respeito aos adolescentes, são considerá-los como pequenos adultos. E não são poucos os pais hoje em dia que negligenciam as necessidades infantis de seus filhos adolescentes, tais como: demonstrar amor e aceitação. De serem cuidados e de saber que alguém se importa realmente com eles.
Quando o adolescente sente que ninguém se interessa realmente por ele, como resultado surge vários tipos de sentimentos nocivos: autodepreciação, desesperança, inutilidade e baixa auto-estima. Um adolescente pode ser maior, mais esperto, mais forte, ou em outros aspectos, até mesmo superior aos seus pais em alguns pontos. Mas, emocionalmente, ele é ainda uma CRIANÇA, procure entender isto... Ele continua tendo a necessidade de sentir-se amado e aceito pelos pais. Ainda é preciso dar muita atenção, colocar no colo e conversar muito tempo sobre diversos assuntos.  Sem essa segurança valiosa de amor e aceitação dos pais / responsáveis, ele não será, nem fará o melhor que pode fazer. Não poderá alcançar seu potencial e em muitos casos destruir um futuro brilhante pela falta de ferramentas básicas para um bom desenvolvimento psicossocial.

Como ajudar seu filho adolescente?
    • Amor Profundo AMOR - Amar incondicionalmente significa amar um adolescente, apesar de tudo. Apesar da aparência, apesar dos seus pontos negativos e defeitos, apesar da sua maneira de agir, falar e irritar as pessoas. Isto não significa que você sempre goste do comportamento dele. Mas amar incondicionalmente significa que você ama seu filho adolescente, mesmo quando seu comportamento foge a boa conduta.
    • Foco e Atenção Concentrada Dar atenção concentrada a seu adolescente exige tempo e às vezes, dispêndio de grande tempo. Pode significar dar a seu filho atenção concentrada quando você preferiria estar fazendo outra coisa ou quando o tempo grita contra você. Existem ocasiões em que a adolescente precisa desesperadamente de atenção concentrada, exatamente quando seus pais se sentem menos inclinados a dá-la. Atenção concentrada significa dar a seu adolescente completa atenção, Focada, mergulhada no que ele necessita falar e escutar, uma atenção não dividida, para que ele se sinta realmente amado, que se sinta tão valioso a ponto de sentir que merece o seu olhar, apreciação e consideração incondicional. Atenção concentrada faz com que o adolescente se sinta a pessoa mais importante da vida de seus pais. Fundamental para sua construção do amor-próprio.
    • Contato Visual e Físico – Quando a criança se torna adolescente, ela precisa de confirmação contínua dos pais de que é amada e aceita e o contato físico e visual é uma maneira de confirmar o amor que os pais sentem pelo filho. Mesmo quando o filho não estiver com disposição para comunicar-se, o contato físico pode ser um meio de transmitir amor a ele. Pode acontecer que algumas vezes seu filho venha a aceitar o contato físico, mas outras ele talvez não tolere conscientemente o seu toque. As vezes é importante insistir. O efeito é ajudá-lo a sentir: "Meus pais me amam e se importam comigo, mesmo quando relacionar-me com eles é difícil para mim". A criança ou o adolescente que cresce num lar em que os pais utilizam muito contato visual e físico irão sentir-se à vontade consigo mesmo e com outras pessoas. Seu trânsito social será facilitado.
    • Direção – A geração de adolescentes em nossos dias é muitas vezes chamada de "geração letárgica". Muitos deles são realmente apáticos, em especial no que se refere ao planejamento do seu futuro. Esses jovens carecem muito da vitalidade, vivacidade e empolgação que tanto gostamos de ver e valorizamos, mas muitas vezes eles não conseguem pela falta de direção em todas as áreas, principalmente a espiritual. Existe uma falha nas construções sólidas para se apoiar e confiar. Penso que um dos principais motivos que tem contribuído para que os adolescentes não tenham atitudes e pensamentos positivos, seria porque os adultos não estão transmitindo a eles a devida noção de determinação, esperança e encorajamento necessário para enfrentar o futuro.


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Psicopatias



PSICOPATIAS

RESPONDENTE: Maria Angélica Falci 
Psicóloga Clínica/ Saúde Mental

Falar deste assunto é algo que precisa ser detalhado com muita cautela, pois se trata de um dos diagnósticos mais difíceis de serem fechados, envolve muitas nuances circunstanciais.
Leio muito o trabalho do Psicólogo Canadense Dr. Robert Hare e com base em seus estudos vou relatar de forma objetiva partes importantes.

Foi este profissional que descobriu em 1991 critérios que hoje são universalmente aceitos para diagnosticar portadores desse transtorno de personalidade. Começou seus trabalhos na faculdade ao trabalhar muitos anos diretamente com detentos criminais. Segundo ele, as pessoas não nascem psicopatas, não é uma categoria descritiva como ser homem ou mulher e sim uma medida que varia para mais ou para menos. As pessoas nascem com tendências para a psicopatia e que podem ser percebidas desde a fase primária. Não tem como dizer que uma criança se tornará um adulto psicopata. Mas, se ele age de modo cruel constantemente com crianças menores e animais, mente olhando nos olhos, não expressa remorso e dissimula sentimentos de forma teatral, poderá sim ser um comportamento problemático no futuro.
Como características principais da psicopatia, são consideradas: ausência plena de sentimentos morais, tais como o remorso ou a gratidão, grande facilidade em mentir e convencer as pessoas, objetivos/frios, anancásticos, superficiais e etc. Não podemos generalizar que todos os psicopatas irão cometer maldades de nível máximo. Em geral, apresentam sim, comportamentos que podem ser classificados como perversos e níveis mediante a classificação desenvolvida pelo Dr. Hare, mas a maioria dos psicopatas tem a finalidade apenas de tornar tudo mais fácil ao seu redor e não importa a eles quaisquer riscos, prejuízos, tristezas que causem a terceiros.
Posteriormente aos estudos do grande estudioso comportamental B.Watson, veio à tona o termo Sociopata, termo este criado para sugerir que o indivíduo era fruto do meio ambiente em que viviam, suas condições psicológicas, sociais, físicas e outras seriam reflexos da educação recebida, da proximidade dos pais, facilidade para ter amigos, boa nutrição e etc. O termo persiste e define um nível dentro da psicopatia, onde o sujeito possui uma ambição mais forte, intuitos de prejuízos sociais mais complexos, ou seja, poderá provocar danos morais e sociais de espectro ampliado, enquanto psicopatas tendem a ter alvos mais isolados, descartam riscos e partem para o alvo a fim de atingir seus objetivos pessoais.
Podemos dizer que todo sociopata é um psicopata, mas nem todo psicopata é um sociopata.
Geralmente, são pessoas “normais”, mas ao conhecer melhor esta pessoa, aparecem facilmente diversas disfunções que apresentam a condição problemática da pessoa, tais como: frieza com os filhos, mentiras sistemáticas, grande facilidade de manipulação. Quando é flagrado fazendo algo errado, continua tentando convencer as pessoas que foi um mal entendido.

Em geral seu sentimento tem haver com posse, sentimentos de propriedade, por exemplo: “eles amam o carro da mesma forma como amo meu marido”. Utilizam o termo amor, mas no íntimo não conseguem sentir da maneira como nós entendemos /expressamos. Suas respostas são concretas em excesso, objetivas, diretas, do tipo: “Amo ela porque é bonita, porque o sexo é bom, porque ela me ajuda”...

“As emoções estão para o psicopata assim como o vermelho está para daltônico. Eles não conseguem vivenciá-las” Robert Hare.

Por isto tratar um psicopata no modelo tradicional da terapia comportamental / cognitiva, não alcançará nenhuma resposta. Por exemplo, fazer com que um detento psicopata mude a sua forma de sentir, de ver uma situação ocorrida com outra visão, de se colocar no lugar do outro, expressar raiva, compaixão e etc. Será tudo em vão, pois eles não sentiram dor no ato e sim prazer. Este tipo de conduta não deve ser utilizado com eles, pois não conseguem ver nada de errado em seu próprio comportamento.

Podemos dizer que existem muitas divergências com relação às penas executadas a estas pessoas. Segundo o Dr. Hare, eles são responsáveis por seus atos, mas ainda existem muitas investigações a respeito. Uma corrente afirma que eles não entendem as conseqüências dos seus atos e o argumento é que quando tomamos uma decisão, fazemos ponderações intelectuais e emocionais e o psicopata faz apenas a parte intelectual/racional, não faz a emocional, não consegue sentir as emoções morais. Agora tem outra corrente que diz da perspectiva jurídica que ele entende e sabe o que a sociedade considera errado e mesmo assim decide simplesmente fazer, e desta forma fez uma escolha e deve sim ser responsabilizado pelos crimes e danos cometidos. Ainda são pontos de intensas discussões e sem um caminho único.